06 maio 2012

A educação e o interesse do estado

Um estado que sirva a generalidade dos seus cidadãos e que não sirva apenas para ser coutada ou asilo da classe política, deve ter um funcionamento economicamente eficiente e promover um desenvolvimento sustentável. Para isso precisa de suportar as suas despesas com receitas equivalentes ou superiores e precisa ainda de criar estruturas de acumulação (poupança) de capital que privilegiem a produção global de bens e serviços com custos decrescentes (ou pelo menos mais serviços e mais ou melhores bens pelo mesmo custo)
Isso significa um estado que promova o enriquecimento da população em vez do seu empobrecimento como fez e faz o estado Português sob a orientação dos governos da últimas décadas.
O valor comercial dos bens e serviços depende de forma determinante da proporção entre trabalho humano direto e trabalho humano indireto neles incorporada. Quanto maior for o trabalho humano indireto ( ausente ou não pago à geração produtora atual) menor será o preço dos bens e serviços (vide no meu blog "uma visão pós-marxista da teoria do valor 1 e 2 " e o trabalho nos livros "The long tail" e "Free" do economista norte americano Chris Anderson.
O aumento do trabalho humano indireto consegue-se de três maneiras :
1- Aumentando a automatização ou robotização do processo produtivo
2- Aumentando o volume de conhecimentos científicos e tecnológicos nas gerações produtoras
3- Aumentando a incorporação nacional de produção cientifica e técnica nos produtos consumidos em detrimento da sua importação direta no ato de fabrico ou indireta na importação de bens e serviços tecnologicamente evoluídos

Para o estado ter mais receitas é preciso que a sociedade produza mais valor ou seja que incorpore o máximo de trabalho humano na produção de bens transacionáveis, quer por intermédio da maximização do número de cidadãos empregados quer por intermédio da maximização da qualidade tecnológica do trabalho da geração ativa.
Assim se demonstra que um estado que deseje aumentar as suas receitas tem de promover a educação tecnológica contínua da sua geração ativa e tem igualmente de promover a educação tecnológica o mais elevada possível para a geração pré-ativa.

A educação não é uma despesa do estado mas sim um investimento. Sendo um investimento com um ROI potencial elevado, deve ser muito cuidado para maximizar os resultados.

Parece que os políticos atuais,  a contas com o pagamento das dívidas sociais criadas por uma política contínua  de desleixo e corrupção,  por uma especulação bancária desenfreada e por uma gestão danosa do sistema financeiro, não vêem ou não querem ver esta evidência.

Ao desinvestir na educação tecnológica e na formação profissional, os políticos, os governantes e os empresários estão impedir o seu uso, como alavanca para um desenvolvimento sustentável do país, governado por um estado com as contas equilibradas.

1)      vide no meu blog "uma visão pós-marxista da teoria do valor 1 e 2 " e a demonstração nos livros "The long tail" e "Free" do economista norte americano Chris Anderson.

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